O nome de Santa Cruz, já oficialmente citado em 1833, exclui a tradição oral de haver sido um “Santo Cruzeiro”, chantado por um missionário nas eras de setenta, a explicação do topônimo.
Manuel Dantas ainda encontrou a lenda, divulgando-a em 1922: “Muitos anos, já ia adiantada a colonização do alto sertão, e a terras das cachoeiras do Potengi e do Trairi continuavam despovoadas. Diziam os primeiros, que ali se aventuravam, que era impossível viver naquelas paragens, porque, ao quebrarem os ramos do inharé, a árvore sagrada, as fontes secavam e todos os animais tornavam-se ferozes. Um santo missionário lembrou-se um dia de fazer um cruz dos ramos do inharé; os malefícios cessaram como por encanto, das fontes jorrou a água cristalina; as aves cantavam o hino da natureza em festa. A terra ficou, desde então, conhecida com o nome de Santa Cruz do Inharé”.
Fonte: Livro - Nomes da terra – HISTÓRIA, GEOGRAFIA E TOPONÍMIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Autor: Luís da Câmara Cascudo
Primeira Edição: 1968
FJA
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